segunda-feira, 13 de maio de 2013

Carros elétricos seria uma boa ou má opção para o futuro?




As principais vantagens dos automóveis elétricos são:

  É a redução da emissão de gás carbônico, um dos responsáveis pelo aquecimento global.
"Os carros tradicionais emitem CO2, gás que não é tóxico mas provoca o efeito estufa. Já um veículo unicamente elétrico não polui".
  Outro ponto positivo é que há menos desperdício de energia. "Um motor de combustão é muito pouco eficiente, apenas 30% do combustível é realmente utilizado, o resto é jogado fora em forma de calor. Já em carro elétrico aproveita de 90 a 95% da energia".
Mas o carro elétrico não tem só vantagens, tem as suas desvantagens como:

  Uma das suas principais barreiras para se tornar acessivel para a população é o preço;elétricos é a bateria de íons de lítio, só que ela é muito cara";
  Além disso, o lítio não é um bem renovável e não existem grandes reservas do mineral, que pode ser esgotar em pouco tempo. Ou seja, para que se produzissem carros 100% elétricos em larga escala seria necessário encontrar uma alternativa a esse tipo de bateria;
  Outro problema é a de geração de energia. Para que toda a frota de carros convencionais fosse trocada por automóveis elétricos, seria necessário produzir muito mais energia do que está disponível hoje;
  E para que a troca seja positiva para o meio ambiente, é necessário que essa energia seja de alguma fonte limpa.

O desmatamento da Amazônia sobe 26% nos últimos 7 meses, diz Inpe.



De agosto de 2012 a fevereiro de 2013, foram devastados 1.695 km².

Ibama apreendeu 216 motosserras e 32 armas na Amazônia Legal.

Do G1, em Brasília

Desmatamento em Porto Velho, Rondônia (Foto: Divulgação/Greenpeace/Marizilda Cruppe/EVE)Área desmatada na região da Amazônia em Rondônia (Foto: Divulgação/Greenpeace/Marizilda Cruppe/EVE)
          Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal subiram 26% nos últimos sete meses, no intervalo entre 1º de agosto de 2012 e 28 fevereiro de 2013, em comparação com o mesmo período anterior, de 1º de agosto de 2011 a 28 de fevereiro de 2012, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgadas nesta quinta-feira (28).
   Os dados, que incluem a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta, foram registrados pelo sistema de detecção de desmatamento em tempo real do Inpe, o Deter, que usa imagens de satélite para analisar a perda da mata em nove estados.
  No total, 1.695 km² da floresta foram destruídos ou degradados nos últimos sete meses, área pouco maior do que o tamanho da cidade de São Paulo, de 1.521 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
  Já entre 2011 e 2012, foram perdidos 1.339 km² de mata, no mesmo intervalo de tempo.
Análise em campo
  Técnicos do Ibama foram a campo para analisar os dados de desmatamento, e checaram 1.053 polígonos com suspeita de devastação, de um total de 2.072 informados pelo Deter.
  Em 46% dos polígonos analisados, o Ibama constatou que houve corte raso, isto é, a remoção total da mata. Em outros 47%, os técnicos encontraram degradação parcial da floresta. No restante, 7% dos polígonos, o Ibama afirma ter identificado um "falso positivo", áreas como espelho d'água ou afloramento rochoso que não correspondem à degradação.
 (Foto: Arte/G1)

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Maus tratos aos animais

Como deixar um macaco o dia inteiro enjaulado?

   Os maus-tratos de animais são práticas muito comuns na história da humanidade e perduram até os dias de hoje. Não é raro nos depararmos com situações evidentes de maus-tratos contra animais domésticos ou domesticados. Lojas que abrigam animais em gaiolas minúsculas, sem qualquer condição de higiene, cães presos em correntes curtas o dia todo, proprietários que batem covardemente em seus animais ou os alimentam de forma precária, levando o animal à inanição, cavalos usados na tração de carroças que são açoitados e em visível estado de subnutrição.
   Mas há aquelas situações em que sabemos que o animal está sofrendo, só que a caracterização de maus-tratos é subjetiva. Por exemplo, seu vizinho deixa o cão preso o dia todo num quintal pequeno, sem abrigo, sozinho, latindo sem parar. Para a maioria das pessoas, isso pode ser caracterizado como 'maus-tratos', mas pode ser perfeitamente normal para o dono do animal.
   De acordo com Marco Ciampi, presidente da Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca Brasil), o princípio básico nas relações homem-animal deve ser o de: 'caber ao homem prover condições adequadas para a manutenção das necessidades - físicas, psicológicas e comportamentais - do animal. Quando não se é capaz de garantir a segurança do animal, este não deve ser mantido pelo homem'.
   Os exemplos de maus-tratos seguem uma lista longa, que inclui: o sacrifício de animais em rituais religiosos, seu uso em rodeios, circos e touradas, práticas folclóricas bárbaras, como a farra do boi, ou até aprisioná-los em zoológicos. E várias associações também sugerem a extinção de uma prática comum em centros de zoonose espalhados pelo Brasil, as famosas carrocinhas. Muitos adotam a injeção letal para matar os animais que não tem para onde ir. Em alguns estados, isso está mudando. Em São Paulo, por exemplo, foi sancionada uma lei em abril de 2008 que proíbe a eutanásia de animais em todos os municípios. Caberá, então, às prefeituras promover ações de castrações e adoção de animais. A lei vale também para animais considerados ferozes como os pit bulls.
Cachorros mortos em centro de zoonose com injeção letal.
   A legislação no Brasil protege os animais desde 1934, data do decreto 24.645, de junho daquele ano, que protege os animais domésticos (cães,gatos, pássaros, etc..) e os pertencentes à fauna brasileira (papagaios, tucanos, onças, jabutis, entre outros) ou os exóticos (elefantes, leões, ferrets), além dos animais de trabalho (cavalos, jumentos) ou produção (aves, gado, suínos). 

   Mais recentemente, a lei federal de crimes ambientais nº 9605 de 16/02 de 1998 reforçou o decreto de 1934 e especificou várias violações e penalidades para aqueles que praticam crimes contra os animais.
Segundo o artigo 32 desta lei, maus-tratos de animais são classificados como qualquer ato de abuso e maus-tratos. Ferir ou mutilar animais domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos também é crime de maus-tratos que tem como pena a detenção de três meses a um ano e multa. 

   A mesma lei prevê que o abandono do animal é crime. Aquelas pessoas que abandonam ninhadas ou mesmo seus cães idosos, cegos ou doentes, estão ferindo a lei. Idem para a prática de experimentos científicos que incorram no sofrimento do animal. Ao se deparar com situações onde o animal está visivelmente sofrendo, é possível denunciar usando esta legislação.
   Não há estatísticas sobre os números de animais que sofrem maus-tratos no Brasil. Mas há diversas formas de crueldade, a maioria delas consentida, contra eles.

domingo, 12 de maio de 2013

DENÚNCIA : CARNE DE VITELA (BABY BEEF)



Vitela :é o termo que designa a carne de filhotes ainda não desmamados.
O mercado de vitelas nasceu como subproduto da indústria de laticínios que não aproveitava grande parte dos bezerros nascidos das vacas leiteiras.''

Veja como é obtido esse ‘produto’:

  • Assim que os filhotes nascem, são separados de suas mães, que permanecem por semanas mugindo por suas crias.
  • Após serem removidos, os filhotes são confinados em estábulos com dimensões reduzidíssimas onde permanecerão por meses em sistema de ganho de peso, alimentação que consiste de substituto do leite materno.
  • Um dos principais métodos de obtenção de carne branca e macia, além da imobilização total do animal para que não crie músculos, é a retirada do mineral ferro da sua alimentação tornando-o anêmico e fornecendo o mineral somente na quantidade necessária para que não morra até o abate.
  • A falta de ferro é tão sentida pelos animais, que nada no estábulo pode ser feito de metal ferruginoso, pois eles entram em desespero para lamber esse tipo de material.
  • Embora sejam animais com aversão natural à sujeira, a falta do mineral faz com que muitos comam seus próprios excrementos em busca de resíduos desse mineral. Alguns produtores contornam esse problema colocando os filhotes sobre um ripado de madeira, onde os excrementos possam cair num um piso de concreto ao qual os animais não tenham acesso. A alimentação fornecida é líquida e altamente calórica, para que a maciez da carne seja mantida e os animais engordem rapidamente. Para que sejam forçados a comer o máximo possível, nenhuma outra fonte de líquido é fornecida, fazendo com que comam mesmo quando têm apenas sede.
  • Com o uso dessas técnicas, verificou-se que muitos filhotes entravam em desespero,criando úlceras pela sua agitação e descontrole no espaço reduzido.
  • Uma solução foi encontrada pelos produtores: a ausência de luz; a manutenção dos animais em completa escuridão durante 22 horas do dia, acendendo-se a luz somente nos momentos de manutenção do estábulo.
  • No processo de confinamento, os filhotes ficam completamente imobilizados, podendo apenas mexer a cabeça para comer e agachar, sem poderem sequer se deitar. Os bezerros são abatidos com mais ou menos 4 meses de vida, de uma vida de reclusão e sofrimento, sem nunca terem conhecido a luz do sol
  • E as pessoas comem e apreciam esse tipo de carne sem terem idéia de como é produzida.



 A criação de vitelas é conhecida como um dos mais imorais e repulsivos mercados de animais no mundo todo. Como não há no Brasil lei específica que proíba essa prática – como na Europa – o jeito é conscientizar as pessoas sobre a questão.
Nossa arma é a informação. Se souber o que está comendo, a sociedade que já não mais tolera violências vai mudar seus hábitos. Podemos evitar todo esse sofrimento não comendo carne de vitela e repudiando os restaurantes que a servem.
O consumidor (assim como o eleitor) tem força e deve usar esse poder escolhendo produtos, serviços e empresas que não tragam embutido o sofrimento de animais inocentes.

sábado, 28 de abril de 2012

As sacolas de plástico devem ser substituídas?


Elas levam 300 anos para se decompor, mas há divergências sobre como lidar com isso



Quando surgiram, no fim da década de 1950, as sacolas de plástico eram motivo de orgulho das redes de supermercados e símbolo de status entre as donas-de-casa.
Em meio século, passaram de símbolo da modernidade a vilãs do meio ambiente. Celebridades como a atriz Keira Knightley e Ivanka Trump desfilam hoje com sacolas de pano que trazem a inscrição "I'm not a plastic bag"(Eu não sou uma sacola de plástico),como a da foto abaixo.

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"Eu não sou uma sacola de plástico", diz a sacola de pano que é moda em Nova York
O motivo: o plástico polui - e muito. As sacolas são incapazes de se decompor em curto prazo. Trata-se, portanto, de uma decisão lógica: aboli-las dos supermercados. Parece evidente, mas não é tão simples. Existem divergências ambientais, culturais e políticas sobre como eliminar esse problema:

As sacolas de plástico demoram pelo menos 300 anos para sumir no meio ambiente. Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por minuto. No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente - o que dá 66 sacolas por brasileiro ao mês.
No total, são 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima das sacolas, ou 10% de todo o detrito do país. Não há dúvida: é muito lixo. Algumas alternativas estão sendo adotadas. Uma delas, muito popular na Europa e nos Estados Unidos, é o uso de sacolas de pano ou sacos e caixas de papel. Em Nova York, as que levam a inscrição "Eu não sou uma sacola de plástico" viraram febre.
Em São Francisco, as sacolas de plástico foram banidas. Somente as feitas de produtos derivados do milho ou de papel reciclado podem ser usadas. Outra solução é a cobrança de uma taxa por sacola, como acontece na Irlanda desde 2002. O dinheiro é revertido em projetos ambientais.
No Brasil, a principal alternativa são as sacolas de plástico oxibiodegradáveis. Elas vêm com um aditivo químico que acelera a decomposição em contato com a terra, a luz ou a água. O prazo de degradação é até 100 vezes menor - ou seja, uma sacola leva apenas três anos para desaparecer. O governo do Paraná distribui gratuitamente essas sacolas.
Muitos supermercados de Curitiba, onde se consomem 900 milhões de sacolas por ano, aderiram à novidade por conta própria. O Pão de Açúcar vende uma sacola feita de tecido semelhante ao usado em fraldas descartáveis por R$ 3,99 a unidade.
A Casa Santa Luzia, de São Paulo, oferece sacos de papel kraft, duas a três vezes mais caros que as sacolas de plástico, informa a Gazeta Mercantil.
Projetos de leis estaduais para substituir as sacolas de plástico pelas oxibiodegradáveis tramitam no Rio Grande do Sul, no Paraná e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a Assembléia Legislativa chegou a aprovar um projeto do deputado Sebastião Almeida (PT), que tornaria obrigatório o uso dos oxibiodegradáveis.
"O ideal seria a troca, pura e simples, do material plástico por pano ou papel. Mas ao menos um composto oxibiodegradável poderia acelerar a decomposição de bilhões de toneladas que ficam no ambiente à espera da degradação", escreve Almeida em artigo na Folha de S.Paulo.
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15 Dicas práticas de como economizar energia elétrica em sua casa



O consumo de energia elétrica nos países em desenvolvimento, como o Brasil, cresce anualmente 8 vezes mais que nos países ditos desenvolvidos. Esse aumento de consumo é devido à modernização da agricultura, à automatização das indústrias e ao aumento do poder aquisitivo da população brasileira, que está comprando mais bens de consumo e vivendo mais confortavelmente.
Esse crescimento tem um preço, que é a necessidade de investimento em mais e mais infraestrutura para geração e distribuição de energia. Mas se cada pessoa economizar de 10 a 20% da energia que consome diariamente, reduziremos muito o risco de apagão!
Que tal fazer também a sua parte? Conheça algumas dicas super práticas para economizar energia elétrica em sua casa!


Dicas práticas para economizar energia elétrica

Utilize lâmpadas mais econômicas (aprenda diferenciar as lâmpadas);
Use a luz natural, através de clarabóias, grandes aberturas, iluminação zenital, prateleiras de luz, etc. Coloque as mesas de trabalho e de leitura próximas às janelas;

Pinte os ambientes de cor clara, especialmente os tetos, que refletem e espalham a luz pro todo o ambiente;

Use fotocélulas nos ambientes externos, assim as luminárias só acendem à noite (como nos postes de iluminação pública);

Nos corredores, escadas e outros locais de passagem, onde não há longa permanência de pessoas, instale temporizadores ou sensores de presença embutidos em lâmpadas;
Utilize dimmers, que controlam a intensidade da luz (além de economizar, ainda pode criar um clima na casa!);

Mantenha os lustres e globos transparentes bem limpos, assim não vai gastar energia à toa;
Não deixe as luzes acesas em ambientes onde não tem ninguém;
Compre equipamentos com o selo Procel de Economia de Energia, de preferência da Categoria A;
Instale um sistema solar de aquecimento de água (veja nosso post sobre esse assunto);
Mantenha limpos os filtros dos condicionadores de ar e evite deixar o aparelho ligado quando o ambiente estiver desocupado;
Não instale fogão e geladeira lado a lado, pois um atrapalha o desempenho do outro;
Não forre as prateleiras da geladeira, isso dificulta a passagem do ar, gastando mais energia;
Evite usar equipamentos de alto consumo, como ferro de passar roupa e chuveiro elétrico, nos horários de pico;
Para subir 1 ou 2 andares, evite o elevador, procure usar a escada, contribuindo também para sua saúde.
Tem alguma dica ou alguma dúvida de como economizar energia? Utilize os comentários abaixo e colabore!

Obras de despoluição da Baía de Guanabara serão concluídas antes das Olimpíadas, diz coordenador



Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

  Rio de Janeiro - As obras que faltavam para a despoluição da Baía de Guanabara serão concluídas antes das Olimpíadas de 2016, quando já começarão a ser sentidos os seus efeitos. A previsão é do coordenador executivo do Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam), da Secretaria Estadual do Ambiente, Gelson Serva.
  O Psam substituiu o antigo Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), criado em 1992 e que se estendeu até 2006. Durante esse período, foram investidos no programa cerca de US$ 760,4 milhões, englobando US$ 349,3 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), US$ 162,8 milhões do Banco de Cooperação Internacional do Japão (Jbic) e US$ 248,3 milhões de contrapartida do governo fluminense. A partir de 2006, têm sido aplicados no Psam, com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), R$ 100 milhões, em média, por ano, na despoluição da Baía de Guanabara, segundo Serva.
  “Vamos fazer as obras de direcionamento do esgoto, que hoje vai in natura para a baía, para as estações de tratamento de esgotos que foram construídas pelo PDBG e algumas precisam ser ampliadas. Faltaram alguns troncos [coletores] para fazer as ligações também com as redes dos municípios. Isso nós vamos concluir antes das Olimpíadas. O efeito já vai começar, mas não é completo ainda”, disse em entrevista à Agência Brasil. Ele informou que o Psam visa a terminar o trabalho iniciado pelo com o PDBG.
  Segundo Serva, o programa atual conta com US$ 640 milhões, sendo US$ 450 milhões do BID e US$ 190 milhões de contrapartida do governo do estado. Os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para os projetos na capital fluminense, avaliados em R$ 450 milhões, deverão ser obtidos por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal.
  De acordo com o coordenador executivo do Psam, o grande problema na Baía de Guanabara é o esgotamento, principalmente o domiciliar, uma vez que as indústrias apresentam hoje um bom nível de nível de controle em relação aos efluentes. “Tem é que investir para que a gente não esmoreça.” No caso do esgoto domiciliar, Serva salientou que três projetos estão no pacote de obras a serem realizadas pelo governo do estado com recursos do PAC: a ampliação da Estação de Tratamento Alegria (ETE Alegria) e a construção de dois troncos coletores (Manguinhos e Faria-Timbó).

  Dentro do pacote de financiamento do BID está o projeto de construção do tronco de esgotamento Cidade Nova, que fará ligação também com a ETE Alegria, além da troca de boa parte da rede coletora de esgoto da zona norte carioca. Na Baixada Fluminense, serão feitas algumas ligações na Estação Sarapuí e complementadas as obras de implantação do Sistema Pavuna. “Na baixada, nós vamos investir o maior recurso do Psam”. Os dois projetos envolverão recursos no total de R$ 219 milhões.
  Serva afirmou que em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, está sendo desenhado um projeto para obtenção de recursos do PAC 2, visando à ampliação da estação de tratamento local. A previsão é que os projetos do centro do Rio de Janeiro e de São Gonçalo sejam concluídos até o final de 2014 e os da Baixada Fluminense, até o início de 2016.
  Para o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, os efeitos do programa de despoluição da Baía de Guanabara já estão sendo sentidos pela população e tendem a melhorar com a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016. “Eu não tenho a mínima dúvida em relação a isso”. Há quatro anos, quando começou a gestão do programa, 2 mil litros por segundo de esgoto passavam por tratamento secundário na Baía de Guanabara. “Hoje, já estamos próximos a 5 mil litros. Praticamente, mais do que duplicou em quatro anos”.
  Isso fez com que algumas praias, como a da Bica, na Ilha do Governador, apresentassem melhorias significativas nas suas condições de balneabilidade, de acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). “Inclusive, as melhores condições dos últimos 20 a 30 anos”, destacou Victer. Ele aposta que com o conjunto de obras programadas, “bem antes dos Jogos de 2016 nós vamos ter uma posição excepcional na Baía de Guanabara para a realização das provas [náuticas]”.

  A melhoria da poluição no local foi mostrada, segundo Victer, durante os Jogos Mundiais Militares, encerrados no último domingo (24). O presidente da Cedae observou, entretanto, que devido à topografia do Rio de Janeiro, a baía não recebe só esgoto. “Ela recebe a drenagem de chuvas. Então, muitas vezes, por mais que você tire o esgoto, a sujeira e a falta de educação ambiental, com as pessoas jogando lixo nas ruas, acabam indo para a Baía de Guanabara”, disse, acrescentando que a falta de descarte correto do lixo é o grande problema a ser vencido no país.
Edição: Juliana Andrade